RESPOSTAS NEUROMUSCULARES DE MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES DURANTE SALTOS VERTICAIS EM ATLETAS DE VOLEIBOL
Felicissimo C T
A Profa. Caroline Tosini Felicíssimo foi estagiária de voleibol da Sociedade Hípica de Campinas e em 2010, defendeu seu trabalho de conclusão de curso de graduação em Educação Física - Bacharelado em Treinamento Desportivo pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. Atualmente Caroline é aluna de mestrado do programa de pós-graduação em Educação Física da mesma Universidade.
Sob a orientação do Prof. Dr. Antônio Carlos de Moraes (UNICAMP/SP) e co-orientação do Prof. Dr. Miguel de Arruda (UNICAMP/SP), Caroline estudou um pouco da fisiologia neuromuscular dos membros inferiores de atletas de voleibol durante o salto vertical. Para o desenvolvimento deste trabalho, Caroline teve a colaboração da equipe sub 19 Hípica/Campinas na ocasião, que também compunham a selelção de Campinas nos Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior.
Acompanhe o trabalho de Felicíssimo, que rendeu uma publicação na Revista Motriz e está disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-65742012000100016&script=sci_arttext
FELICISSIMO, Caroline
Tosini. Respostas
neuromusculares de músculos dos membros inferiores durante saltos verticais em
atletas de voleibol, 2010. 67f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)-Faculdade de Educação Física.
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.
RESUMO
Sendo o voleibol
caracterizado como um esporte de intensidade alternada, ou seja, têm-se períodos
de atividade intensa alternando-se com períodos de relativo descanso, com predominância
de ações explosivas e repetitivas, a análise do salto vertical, muito
solicitado durante uma partida, juntamente com a eletromiografia, que
possibilita a verificação do padrão da atividade muscular, surgem como
importantes formas de avaliação do desempenho na modalidade. Com isso, o
objetivo do estudo foi analisar o desempenho no salto vertical e as respostas
eletromiográficas dos músculos Reto Femoral (RF), Gastrocnêmio Medial (GM) e Bíceps
Femoral (BF) durante protocolo de resistência de saltos verticais - com
característica intermitente - em jovens atletas de voleibol. Participaram do
estudo 13 jogadoras de voleibol da categoria infanto-juvenil, faixa etária
entre 15 e 17 anos. O protocolo consistiu de aquecimento prévio composto por 10
saltos verticais com altura variável, com um intervalo de descanso de dois
minutos (min.), seguido pelo protocolo de potência máxima, no qual realizaram
três tentativas máximas, com período de recuperação de dois min., sendo que o
de maior valor serviu de normalização para as variáveis do estudo. O protocolo
de resistência de saltos consistiu na realização de saltos verticais máximos
(SVMax), durante 20 min., composto por ciclos de 25segundos (s) (bloco de três
saltos SVMax em aproximadamente 10 s – aproximadamente um salto a cada três s –
com intervalo de 15 s de recuperação). Todos os saltos foram realizados sobre
um tapete de contato utilizando a técnica do contramovimento, sem ajuda dos
braços. Para o tratamento dos dados os saltos foram divididos em quatro
períodos contendo 12 ciclos cada um. Para verificar a normalidade dos dados foi
empregado o teste de Shapiro Wilk e, para averiguar as possíveis
diferenças entre a ativação dos músculos foi utilizado ANOVA paramétrica e para
os saltos ANOVA não-paramétrica. O nível de significância adotado foi de P<0,05.
Após os tratamentos, a média de altura dos saltos, expressa em percentual da
máxima altura atingida no protocolo de potência, foi 93,4%, 92,8%, 91,2% e
91,0%, para 1º, 2º, 3º e 4º períodos respectivamente, demonstrando diferença
significativa do 3º e 4º com relação ao 1º e 2º (P<0,05). Quanto às
variáveis neuromusculares, não houve diferença significativa entre os valores expressos
em RMS e FM, ambos normalizados, para nenhum dos músculos estudados. Com isso, concluímos
que os músculos RF, BF e GM mantiveram seu nível de atividade durante a realização
dos protocolos de saltos, indicando ausência de fadiga periférica. Apesar
disto, a queda significativa da altura do salto indica que pode haver outros
fatores envolvidos no processo de fadiga deste tipo de tarefa além dos fatores
neuromusculares. Futuros estudos que mantenham as características do protocolo
e que os prolongue até a exaustão voluntária podem contribuir para esclarecer
esta lacuna do conhecimento.
Palavras Chaves: Saltos
Verticais; Voleibol; Eletromiografia.
Parabéns, Carol, pelo trabalho e pelo início dessa bela carreira acadêmica!
Sucesso!
Equipe HípicaVôlei
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