• Home
  • Facebook
  • Twitter
  • Atletas e Ex-Atletas
  • Peneira 2016
  • Fale Conosco
  • Pesquisar este blog

    terça-feira, 28 de maio de 2013

    A CAPITÃ

    MODELO DE ATLETA
    Conheça Leka, a capitã do sub 15
     
         "É um modelo de atleta". É assim que o técnico Peterson Bristotte define sua capitã, Letícia Vilela de Jesus, conhecida carinhosamente por todos como Leka. O HípicaVôlei fez algumas perguntas ao técnico sobre a capitã da temporada 2013 e você confere esse bate papo a seguir.
     
    HípicaVôlei (HV): Como é a Leka nos treinos?
    Peterson (P): Uma figura. Chega todo dia dando uma gragalhada que todo mundo no ginásio escuta. Faz piada com tudo e com todo mundo. Até eu dizer: "Vamo lá, gente!" Daí ela se transforma. Desliga o botão "brincadeira" e liga o botão "trabalho".
     
    HV: E nos jogos?
    P: Uma capitã deve reunir um conjunto de características que a destaquem como líder da equipe. Seja pela técnica, pela postura, ou por ser mais experiente. Acho que a Leka tem um pouco de tudo isso. Todos a respeitamos, inclusive eu, e a reconhecemos como uma líder da equipe. Durante os jogos ela transmite uma tranquilidade ao grupo, mesmo quando está apreensiva. E esse controle é muito difícil ter. Ela agrega muito o grupo. Sempre diz: "Você vai conseguir".
     
    HV: Como é treinar a capitã?
    P: Fácil. Ela chegou à nossa equipe em 2012, quando era sub 14. Foi uma aposta nossa. Apesar de dizer nunca ter jogado ela faz questão de dizer que aprendeu a tocar e a fazer manchete com seu pai. Fomos construindo junto com ela seu repertório técnico-tático. Quando proponho determinado exercício ela presta atenção em tudo e até pergunta sobre detalhes. Então ela vai fazer o exercício. Claro que ela erra. Todos erram. Mas o que impressiona é a capacidade dela de ouvir uma correção e prontamente tentar colocá-la em prática.  
     
    HV: Finalmente, algo mais a dizer?
    P: Ninguém é perfeito. Nunca seremos perfeitos. Mas sempre podemos buscar a perfeição e como buscamos essa perfeição é o que importa. E a Leka dá sempre seu 100% na busca pela perfeição. Todo dia, o tempo todo.
     
     

    SUB 17 SE RECUPERA

    SUB 17 SE RECUPERA
    Equipe que começou mal encontra seu jogo
          A equipe sub 17, comandada pelo Prof. Lucas Graziadei, embora tenha tido boa participação no torneio início da competição, terminando na terceira colocação, não fez um bom início de temporada. No entanto, a persistência nos treinamentos e a dedicação das atletas propiciou grande recuperação e ao final do primeiro turno a equipe terminou na quarta colocação.
         “Acredito que por nossa equipe ser muito nova, com muitas atletas que acabaram de subir do sub 15, demoramos um pouco a encontrar um bom entrosamento. No entanto, os treinos tem sido muito bons e estamos nos encontrando na competição. O segundo turno com certeza será ainda melhor”, avaliou o técnico Lucas Graziadei.
     

    SUB 15 LIDERA

    SUB 15 LIDERA
    Equipe segue invicta no torneio do interior
                    A equipe sub 15 Hípica/Campinas, comandada pelo Prof. Peterson Bristotte, está invicta no campeonato do interior. A equipe já fez sete partidas das oito do primeiro turno e venceu todas. A última foi contra a então líder Santa Bárbara D’Oeste no domingo 26/05. O duelo dos líderes começou com grande vantagem da equipe barbarense que abriu dois sets a zero. Mas as campineiras não desistiram da partida e conseguiram a virada, vencendo por 3 sets a 2.
    “O que mais valoriza essa vitória são dois fatores. O primeiro é que o adversário é de grande respeito, são vice-campeãs estaduais no sub 14 de 2012. Mas isso só nos fez concentrar ainda mais para buscar nosso grande objetivo, que é dar o nosso melhor. Até agora essa foi a partida mais difícil e é justamente nesse momento que elas (as atletas) crescem e amadurecem enquanto jogadoras e também como equipe. Estou muito contente. O segundo fator é que esse grupo, além de bastante maduro para a idade, tem uma consciência coletiva incrível. Trabalhamos esse espírito coletivo no dia-a-dia, em cada treino. Então na hora H nada se torna impossível”, avaliou o técnico Prof. Peterson Bristotte.
    Para fechar o primeiro turno, a equipe campineira ainda deverá enfrentar o SESI/SP, que atualmente está na sétima colocação da competição.
     
     
     
     
     
     
     

     

    VÔLEI CONQUISTA MAIS ESPAÇO

    VÔLEI CONQUISTA MAIS ESPAÇO

         Desde abril as equipes de vôlei Hípica/Campinas melhoraram a qualidade de seus treinos. A modalidade passa a treinar no ginásio II com duas redes, o que colabora e muito com a qualidade dos treinos.

     
         A modalidade teve um aumento pronunciado de matrículas de associadas em 2013, o que fez aumentar a quantidade de atletas treinando ao mesmo tempo, visto que duas categorias (sub 17 e sub 19) treinam ao mesmo tempo. “Os trabalhos agora podem ser mais ricos e as atletas podem ter contato com bola no mínimo em dobro”, avaliou o técnico Lucas Graziadei.
     
     

    quinta-feira, 16 de maio de 2013

    Voleibol e equipes de alto nível


               Alguns anos de prática no voleibol não como alteta profissional, mas como educador, observador e amante da modalidade, me permitiram estabelecer alguns princípios para a montagem de uma equipe de voleibol de alto nível. É preciso que se deixe bem claro que grande parte deste crédito é devido ao Prof. Ms. João Crisóstomo M. Bojikian, que partilhou todo seu conhecimento nos cursos para técnicos credenciados pela CBV e também no curso de pós-graduação em voleibol na FMU/SP, além de meus colegas de profissão e atletas da Sociedade Hípica de Campinas, especialmente ao excelente professor e técnico Lucas Lemos Graziadei. O texto que segue, espero que possa ser de alguma valia para todos os amantes e profissionais do vôlei no Brasil.


    PRINCÍPIOS PARA MONTAGEM DE UMA 
    EQUIPE DE VOLEIBOL DE ALTO NÍVEL

    Por Peterson Bristotte


    Antes se estabelecer os princípios para a montagem de uma equipe de voleibol de alto nível é preciso que se esclareça qual sentido se atribui ao termo “alto nível”, que poderá ser tanto o alto rendimento, sinônimo de profissionalismo nas categorias adultas, quanto o alto nível de jogo, considerando o potencial que determinada equipe possui, seja ela profissional ou não, adulta ou de formação/base. Neste caso, devem-se considerar todas as particularidades que envolvem a equipe em questão, que poderá trazer à tona o clichê “cada caso é um caso”. Tomaremos os dois sentidos nessa questão.

    ALTO NÍVEL: SINÔNIMO DE PROFISSIONALISMO

    Quando se entende alto nível como sinônimo de profissionalismo a ser atingido na categoria adulta alguns princípios particulares e muito importantes deverão ser considerados. Seguem.
    A montagem de uma equipe de alto nível se inicia quando se identificam no grupo de jogadores as características técnicas e o resultado esperado ao longo de uma temporada ou de uma sequencia de temporadas. Nesse sentido, a formação de uma equipe de alto nível baseia-se no planejamento e treinamento de longo prazo. Assim, uma equipe de alto nível tomará anos para ser formada. Os objetivos devem ser bastante claros, considerando-se a idade dos atletas e todas as características que envolvem crescimento e maturação, além das particularidades de gênero, e devem visar sua promoção para a próxima categoria de modo que se atinja o alto nível posteriormente.  A partir deste ponto deve-se traçar uma linha de ações que garanta êxito na formação de jogadores para o alto nível.
    O treinamento de longo prazo no voleibol deverá passar pela iniciação (sub 13), que deverá incluir uma formação básica geral, passando posteriormente por uma fase mais específica ou de especialização, que será composta inicialmente por uma etapa de treinamento básico (nas categorias sub 14 e sub 15). Nessa etapa deve-se priorizar o trabalho das habilidades motoras específicas em suas formas simples de execução, a aplicação dessas habilidades no jogo, o prazer de treinar e jogar, a motivação para a busca de bons desempenhos, a conscientização da importância de se treinar frequentemente e bem e uma preparação física que vise ao crescimento e desenvolvimento geral harmonioso e multilateral objetivando a longevidade atlética do jogador.
    Em seguida haverá a etapa de treinamento de síntese/aprimoramento (nas categorias sub 17 e sub 19). Nessa etapa o trabalho deverá objetivar o aperfeiçoamento das formas de utilização das técnicas básicas, bem como da tática individual tendo sempre como ponto principal a relação cognição-ação e a resolução de situações-problemas, a criação de bases sólidas para futuras definições quanto às funções táticas e o conhecimento da realidade do cotidiano da vida de um atleta de voleibol. Além disso, deverá continuar constante o desenvolvimento do prazer de treinar e competir, do espírito volitivo e também de uma preparação física básica que garanta a sustentação para o alto rendimento. Nesse momento surgirá uma variável tão nova quanto importante no processo: a decisão do atleta de continuar a prática do voleibol para seu lazer ou para a preparação para alto nível de rendimento.
    Finalmente, o processo de formação culminar-se-á na etapa do treinamento de transição para o alto nível (nas categorias sub 21 e primeiros anos de adulto). A partir de então o atleta estará preparado para o treinamento de alto nível, tendo-o como sinônimo de alto rendimento. Nesse momento o trabalho deverá objetivar a conscientização do atleta acerca dos efeitos dos diversos métodos de treinamento no rendimento esportivo, bem como a capacidade de tolerância aos mecanismos de pressão das grandes competições (regionais, estaduais, nacionais e/ou internacionais) e, por fim, a consciência profissional para que se tenha uma filosofia de vida voltada para a prática do esporte de alto rendimento.

    ALTO NÍVEL: SINÔNIMO DE BUSCA POR EXCELÊNCIA

    Ao se entender alto nível como a busca pelo máximo potencial que determinada equipe pode alcançar (inclusive ela sendo profissional de alto rendimento), podem-se destacar alguns fatores, que seguem.
    A montagem da equipe de coordenação e da comissão técnica deverá levar em conta todo o processo pelo qual a equipe passará, sendo preciso que absolutamente todos os envolvidos tenham um conhecimento claro das metas do trabalho, seja ele voltado para a formação de atletas, ou para o trabalho em apenas uma temporada. Nesse sentido a busca por técnicos e coordenadores experientes e experts é fundamental. De forma detalhada, deve-se considerar a experiência em “anos de voleibol”, a formação acadêmico-científica, a capacidade de comando e liderança, de trabalho em equipe, a disposição e disponibilidade, responsabilidade, repertório técnico, influência e exemplo positivo, a iniciativa para sempre buscar se atualizar e também a capacidade de se trabalhar sob pressão.
    Nas categorias de base o processo de formação oferece inúmeras possibilidades que deverão incluir a escolha da forma/método de treinamento, do sistema jogo em função dos jogadores da equipe, da escolha dos jogadores para aplicar as metodologias de treinamento e sistemas de jogo, concebidos pela coordenação técnica visando à renovação da equipe ano a ano ou o suprimento da equipe principal/acima.
    No quesito escolha de jogadores, devem-se considerar os aspectos morfológicos (estatura/altura de alcance), as capacidades biomotoras (força, resistência, velocidade, etc), as capacidades coordenativas (coordenação motora, equilíbrio, orientação, velocidade de reação, noção de ritmo, etc), as capacidades psicológicas (perfil psicológico), o número de jogadores na equipe, o volume de treinamento que será proposto, a experiência anterior como jogador e os objetivos pessoais do atleta.
    Na composição do grupo haverá também os jogadores titulares e os reservas. Os jogadores titulares deverão ser os que apresentarem a maior experiência tanto na sua categoria quanto na categoria acima, os maiores níveis de rendimento e as características psicológicas mais adequadas. Os jogadores reservas serão os que apresentarem ligeira desvantagem no nível de rendimento em relação aos jogadores titulares, os que são caracterizados como futuros talentos por apresentarem bom potencial físico, falta de experiência competitiva e/ou controle emocional ou ainda que apresentem especialização tática ainda indefinida.
    Na montagem de uma equipe para uma partida é preciso que se tenha sempre em mente a sequencia cíclica do voleibol. Trata-se da sequencia das ações que ocorrem no jogo. A sequencia, que se inicia no saque, inicialmente é linear e segue pela recepção do saque, passando pela preparação/iniciação ao ataque. A partir deste ponto o jogo entra em uma sequencia cíclica propriamente dita: ataque, cobertura/proteção de ataque, transição para defesa, bloqueio, defesa, transição para o ataque e novamente ataque, reiniciando o ciclo até que o rally seja interrompido, seja por êxito, por alguma falta ou erro cometido por alguma das equipes.
    Esta dinâmica do jogo deve estar bastante clara bem como as seis passagens do rodízio. Dessa forma, deve-se manter sempre o equilíbrio em todas as seis passagens do rodízio. Este equilíbrio deve estar presente não somente em equipes profissionais, mas em todas as equipes que buscam o alto nível, seja em categorias de base ou em equipes adultas. Neste caso, o equilíbrio deve estar na distribuição dos atletas em quadra, buscando dar o máximo potencial ofensivo e defensivo à equipe em todas as seis passagens do rodízio.
    Por exemplo, uma estratégia muitíssimo utilizada em equipes de alto rendimento com especialização de funções é a estratégia das diagonais. Essa estratégia mantém em diagonal atletas que possuem características/funções semelhantes. Assim quando um dos jogadores inicia sua passagem pelas posições da zona de ataque (quatro, três e dois), o outro jogador de mesma função/característica inicia sua passagem pelas posições da zona de defesa (um, seis e cinco). Desta forma haverá sempre um especialista ou uma característica importante de um jogador tanto nas posições de ataque quanto nas posições da zona de defesa.
    Essa mesma linha de raciocínio poderá ser utilizada em equipes que desejam alcançar o alto rendimento, por exemplo, ao se posicionar alternadamente jogadores mais experientes e menos experientes de forma que os jogadores mais experientes ocupem as posições um, cinco e três e os menos experientes ocupem as posições dois, seis e quatro. Assim, a maior qualidade técnica de um jogador poderá compensar a menor qualidade técnica do jogador que estará ao seu lado. Um exemplo bastante particular pode estar relacionado também à estatura dos atletas. É bastante comum em equipes em que os levantadores sejam mais baixos, que um jogador central bastante alto e jogue ao seu lado para que, de certa maneira, a baixa estatura do levantador seja compensada no momento da composição de um bloqueio duplo por esses jogadores.
    Muitos outros fatores também devem ser considerados no equilíbrio das passagens do rodízio: parâmetros físicos como estatura, aptidão, velocidade, agilidade, etc. No entanto, no voleibol, as funções táticas, como destacado inicialmente são elementares para o equilíbrio na armação de uma equipe.
    Qualquer que seja o sentido atribuído, os princípios para a montagem de uma equipe de voleibol de alto nível passarão obrigatoriamente pelo bom trabalho desde as categorias de formação/base até que se chegue ao alto nível na categoria adulta e/ou profissional.